
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
GLOBESIDADE
Agência FAPESP – Estima-se que um quinto da população mundial esteja com excesso de peso. Entre esses, há 300 milhões que são considerados obesos. Pior: esses números têm aumentado nas últimas décadas.Essas informações abriram a palestra “Atualização da epidemia global de obesidade”, proferida pela professora Mary Schmidl, do Departamento de Nutrição e Ciência dos Alimentos da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. A apresentação fez parte da programação do 8º Simpósio Latino-Americano de Ciências de Alimentos, realizado no mês passado na Universidade Estadual de Campinas.A pesquisadora levantou eventuais motivos para explicar o crescimento da epidemia em todo o mundo e quem seriam os responsáveis. Inicialmente considerada um mal de países desenvolvidos, hoje a obesidade tem sido encontrada também nas nações em desenvolvimento, paradoxalmente ao lado da subnutrição”, disse.“É uma doença que está em todas as faixas etárias, grupos éticos e classes sociais. Ela também atinge tanto homens como mulheres. Essa espécie de onipresença motivou a criação do termo globesidade’ (globesity, em inglês)”, contou.Segundo Mary não há um vilão único para a epidemia. A escalada da obesidade teria muitos responsáveis, como a indústria alimentícia, políticas públicas, escolas, restaurantes, comunidades, pais e os próprios indivíduos.A pesquisadora apontou exemplos. A indústria e os comerciantes de alimentos estariam habituando os consumidores a porções cada vez maiores. Garrafas de refrigerante, hambúrgueres, pacotes de salgadinhos, caixas de cereais, entre outros produtos industrializados, têm aumentado de tamanho nos Estados Unidos desde a década de 1970.O mesmo ocorreu com os restaurantes. “A porção recomendada de batatas fritas por pessoa é de cerca de seis unidades (palito) por dia e a porção que estamos servindo é essa”, disse ao apontar a foto de um prato com cerca de 500 gramas de fritas, comum nos restaurantes norte-americanos.Os países em desenvolvimento, como o Brasil, não ficam de fora. Segundo a professora da Universidade de Minnesota, os países emergentes representam os mercados mais promissores para as indústrias de refrigerantes, por exemplo, cujas vendas se encontram estabilizadas nos países mais ricos.Os governos também têm a sua parte de culpa. As políticas públicas teriam muito ainda a avançar. Uma ideia é sobretaxar alimentos menos saudáveis e estimular o consumo de vegetais. “Se o governo estipulasse um imposto de US$ 0,01 para cada onça (28,3 gramas) de refrigerante vendido, só na cidade de Nova York seriam arrecadados US$ 1,2 bilhão por ano”, disse.A pesquisadora também coloca parte da responsabilidade nos próprios consumidores. Segundo ela, cada um teria que ter um compromisso com a sua saúde, não só procurando melhorar a qualidade e adequar a quantidade dos alimentos consumidos como também criar hábitos de fazer exercícios físicos.“Precisamos dar cerca de 10 mil passos por dia. Parece muito, mas não é”, disse. Pelos mesmos motivos, as comunidades também são culpadas pelo sobrepeso de seus integrantes. Bairros, clubes, igrejas e outras associações deveriam estimular a prática de exercícios físicos de modo a auxiliar na criação de uma cultura saudável.Os resultados das pesquisas feitas pela cientista também sugerem outras soluções, como fazer campanhas focadas nas crianças, que têm alto grau de influência sobre os pais.Mary também propõe a rotulagem de alimentos explicitando a sua caloria e composição nutricional (o que já ocorre no Brasil) e a proibição das máquinas automáticas de guloseimas, que são mais comuns nos Estados Unidos. Para ela, essas máquinas deveriam vender somente água mineral, um produto cujo consumo, segundo ela, deveria ser mais incentivado de maneira geral.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Os benefícios da atividade física para a saúde cardiovascular
Exercícios devem ser realizados com moderação e orientação de especialista
A atividade física promove uma série de benefícios à saúde, desde que realizada com moderação e com a devida orientação médica. Os exercícios físicos reduzem os níveis de insulina no sangue e de triglicérides, aumentam o HDL (bom colesterol), melhoram a circulação sanguínea nas pernas, além de ser coadjuvantes no tratamento da insuficiência cardíaca.
“Antes de iniciar a prática de exercício, é importante passar por uma avaliação física completa com exames bioquímicos que verificam a presença de risco cardiovascular. Dependendo do quadro clínico, idade e a existência de agentes desencadeantes para a doença arterial coronariana, o próximo passo é a realização de ecodoppler de estresse ou teste ergométrico”, explica dr. Paulo Moreira, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo Regional Marília.
Não existe limite de idade para iniciar a prática de exercícios regulares, de intensidade leve a moderada. Para calcular a intensidade do exercício aeróbio é necessário o uso de fórmulas ou se nortear pelo teste ergométrico. A associação de programa aeróbio leve-moderado com programa de exercícios resistidos com baixa carga, duas ou três vezes por semana, se mostra mais eficaz no controle de fatores de risco metabólico e não são danosos à saúde cardiovascular.
“O indivíduo deve realizar atividades que sejam prazerosas a ponto de manter a prática regular. A caminhada, por exemplo, é uma atividade aeróbia fácil de seguir, dependendo apenas de roupas adequadas e de um bom tênis, mas outras atividades também são bem-vindas”, comenta o prof. dr. Paulo Henrique Waib, responsável pelo Centro de Pesquisas em Hipertensão e Metabolismo da Faculdade de Medicina de Marília
Adultos jovens que praticam exercícios de alto nível ou até profissional; aqueles partir dos 35 anos, especialmente se não havia prática prévia de atividade, com atenção especial após os 60 anos, fazem parte do grupo que precisa de orientação médica prévia. Portadores de doença coronariana ou cardíaca ou com suspeita destas patologias devem procurar um cardiologista. Em casos que existe histórico de risco cardiovascular, o indivíduo deve fazer uma avaliação clínica anual, no mínimo. Em casos comprovados, além da avaliação inicial pré-atividade, a cada três ou quatro meses podem ser solicitados exames complementares.
Benefícios da alimentação
Comer muitas verduras, legumes, frutas, carnes magras e pequenas porções diárias de arroz com feijão contemplam uma dieta ideal para a saúde cardiovascular. Com nutrientes bem variados e que se complementam, um prato que contenha pelo menos cinco cores, e de acordo com a pirâmide alimentar, é saudável, rico em vitaminas e forma uma refeição completa. O cálculo da quantidade de calorias diárias necessárias deve se adequar ao gasto calórico com exercícios, à massa corporal atual e àquela que pretende atingir.
Em pacientes hipertensos, por exemplo, a atenção com o sal deve ser redobrada, assim como os portadores de dislipidemias, e devem evitar o consumo de gorduras saturadas e trans, responsável pela gordura abdominal, fator para evolução do diabetes, insuficiência cardíaca, angina e dor no peito.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Circuito das Estaçoes Adidas - Verão
Os 7 hormonios principais da perda de peso VII
O hormônio feminino influencia também onde seu corpo distribui a gordura.É por isso que, quando seu nível começa a cair com o avanço da idade, agordura corporal tende a mudar. “As mulheres começam a ter característicashormonais semelhantes aos homens e a redistribuir a gordura das coxas edos quadris para a barriga”, diz o treinador Andrew Cate. Um estudo daUniversidade do Colorado, nos EUA, descobriu que o nível de estrógenotambém tem impacto no gasto de energia durante o período de repouso. Ospesquisadores deram a 100 mulheres jovens medicamento para bloquear aprodução de estrógeno e, embora não fizessem nenhuma alteração na dieta ouno nível de atividade física, elas passaram a queimar cerca de 100calorias a menos por dia. Outro estudo, da universidade americana WakeForest, observou que o stress pode reduzir o estrógeno em mulheres queestão longe da menopausa. Um sintoma óbvio de estrógeno baixo é ainterrupção do ciclo menstrual, mas o autor do estudo, Jay Kaplan, diz que“mesmo uma queda moderada do hormônio que não chegue a interromper amenstruação pode afetar a sua saúde”.
O QUE COMER
Tanto o estrógeno quanto a testosterona requerem o mineral boro para a suaprodução. De acordo com uma investigação feita pela Universidade do Texas,nos EUA, as maiores fontes são: manteiga de amendoim, café, maçã, banana,uva, feijão e brócolis.
O MITO DA TIROXINA
Manter a tireoide saudável é fundamental para que o organismo funcionebem. O hormônio tiroxina (T4), produzido por essa glândula, ajuda, entreoutras funções, a regular o seu metabolismo e não pode ser alterado porexercícios ou alimentos. E, ao contrário do que muita gente pensa, o fracofuncionamento da tireoide (hipotireoidismo) não é responsável por fazerninguém trocar o número 38 pelo 46, embora torne o metabolismo do corpomais lento, cause letargia e constipação intestinal. “Há um pequeno ganhode 3 kg a 4 kg, mas em função de um acúmulo de uma substância gelatinosaentre as fibras musculares chamada mixedema. A ideia de que ohipotireoidismo engorda é mito”, diz o professor de endocrinologiaGiuseppe Repetto, da PUC do Rio Grande do Sul. Ficou claro? Até 4 kg vocêpode culpar a tireoide. Mais do que isso é por sua conta. Já ahiperestimulação da tireoide promove, sim, uma grande perda de peso, mas àcusta da queima de músculos, e não de gordura, e normalmente associada airritação, distúrbios de sono, agitação, maior sensação de calor esudorese e taquicardia. “É errado e perigoso usar o hormônio da tireoidepara emagrecer”, afirma. Para manter a glândula sob controle, bastaingerir a quantia necessária de iodo diariamente — 150 mcg para asmulheres —, facilmente suprida no sal marinho.
Os 7 hormonios principais da perda de gordura VI
Todos nós associamos a testosterona com aqueles caras bombados, de orelhaamassada e amantes da luta livre, e os adolescentes com o rosto pipocadode espinhas, mas esse hormônio também é importante para as mulheres. Alémde controlar a excitação sexual e a agressividade, a testosterona podeacelerar o seu metabolismo, ajudando o corpo a construir músculos equeimar gordura. O nível de testosterona, tanto nos homens como nasmulheres, diminui com a idade, principalmente depois dos 40, sendo uma dasprincipais causas da crise da meia-idade. O metabolismo fica mais lento evocê, mais predisposta a armazenar as calorias extras como gordura, maisdo que para fornecer energia para construir músculos.
O QUE FAZER
“O treino resistido [musculação] é uma das melhores formas de manter ouestimular a secreção natural de testosterona”, diz Andrew Cate.Exercícios aeróbicos como corrida e spinning feitos em alta intensidadetambém liberam o hormônio. Há evidências de que a sua elevação aumentatambém a libido e a intensidade dos orgasmos. Portanto, quando já nãoestiver aguentando fazer a última repetição no leg press, pense nesseoutro tipo de exercício para manter a sua motivação.
Os 7 hormonios da perda de gordura V
Nem é preciso um prêmio para quem adivinhar o que faz o hormônio docrescimento (GH). Ele promove o crescimento, claro, principalmente dosseus músculos. Também fortalece seus ossos e articulações para evitar quevocê desloque alguma coisa quando estiver se requebrando ao som de Festano Apê na happy hour da empresa. Porém, o mais interessante é que o GHpromove uma quebra das gordurinhas já estocadas no corpo e diminui o ritmode armazenamento daquelas que estão circulando no sangue.
O QUE FAZER
Otimizar a liberação de GH irá ajudá-la a construir músculos (não da formaassustadora como uma fisiculturista — embora músculo ocupe muito menosespaço que gordura) e assim queimar mais gordura. Ao ganhar massamuscular, você aumenta o ritmo do seu metabolismo basal, turbinando assimo gasto de calorias mesmo quando estiver de pernas para cima, sem fazernada. Andrew Cate, treinador especialista em emagrecimento e autor dolivro The H-Factor Diet, diz que “o GH também torna a musculatura que vocêjá tem mais ativa metabolicamente, o que significa que ela queimará maisgordura também”. Tanto a musculação quanto o trabalho aeróbico aumentam aprodução de GH, mas a sua liberação é mais rápida nas duas primeiras horasdo sono profundo. Portanto, vista o pijama e comece a contar carneirinhos.Cate diz que é praticamente impossível pessoas que não dormem bem osuficiente conseguir emagrecer. “Tive uma cliente workaholic que dormiacerca de 3 a 4 horas por noite. Seu metabolismo estava praticamente nomodo desligado. Nada poderia ajudá-la a iniciar a perda de peso nessascondições”, afirma. Quem tiver dificuldade para dormir deve dar ainda maisimportância a uma boa higiene do sono, como aponta o educador físicoDaniel Alves Cavagnolli, pesquisador do Cepe — Centro de Estudos emPsicobiologia e Exercício da Unifesp: procure dormir sempre no mesmohorário, evite exercícios intensos e atividades de muita concentraçãoantes de ir para a cama; não ingira bebidas cafeinadas após as 17 horasnem álcool próximo da hora de dormir; ao deitar, mantenha o quarto escuroe com temperatura agradável; não coma nem trabalhe no quarto.