sábado, 27 de fevereiro de 2010
Vítimas de ataques cardíacos não adquirem hábitos saudáveis
Fonte: Veja Online
Pesquisa aponta que a mudança dos hábitos dos pacientes merece mais dedicação e é parte importante do tratamento.
Um estudo publicado na edição de fevereiro da revista especializada Circulation alerta que os pacientes que já sofreram ataques cardíacos não estão tomando as medidas necessárias para evitar um segundo ataque.
De acordo com a pesquisa, realizada pela Universidade de Ghent, na Bélgica, mais de 25% desses pacientes não melhoram sua dieta nem praticam exercícios físicos na medida certa - cuidados que podem reduzir pela metade a chance de um segundo ataque, dizem os médicos.
Além disso, mais da metade dos pacientes precisaram de remédios para evitar um novo ataque e ainda um terço dos fumantes não deixaram o vício.
Guy De Backer, coordenador do estudo, afirma que a pesquisa aponta que a mudança dos hábitos dos pacientes merece mais dedicação e é parte importante do tratamento. "Os resultados indicam que devemos dar mais atenção às mudanças no estilo de vida. No entanto, este e outros estudos apontam que nem sempre isso é fácil de se conseguir, ainda mais depois de um ataque cardíaco".
Coração - Um ataque cardíaco acontece quando parte de seu coração não recebe oxigênio em quantidade suficiente. Esse oxigênio é fornecido pelo sangue dos vasos sanguíneos, conhecidos como artérias coronárias.
Um coágulo sanguíneo ou placas (fragmentos de colesterol) em uma dessas artérias pode bloquear o fluxo de sangue para o músculo cardíaco o que acarreta prejuízos ao coração. Dependendo da duração desse bloqueio, uma parte do coração morre fazendo com que pare de funcionar corretamente. Tanto homens como mulheres são vítimas de ataques cardíacos e o risco aumenta com a idade.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
O que você come depois da ginástica pode fazer a diferença
Fonte: Diário da Saúde
Benefícios de curto prazo
Muitos dos benefícios à saúde gerados pelos exercícios aeróbicos são devidos à sessão de exercícios mais recente, em vez de resultarem dos benefícios acumulados de semanas, meses e até anos de treinamento físico.
Além disso, a natureza desses benefícios pode ser significativamente afetada pelo alimento ingerido logo após a sessão de exercícios.
A conclusão é de um estudo feito na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e que acaba de ser publicado no Journal of Applied Physiology.
Benefícios dos exercícios físicos
"Diferenças no que você come após os exercícios produzem diferentes efeitos sobre o metabolismo do corpo," disse o autor sênior do estudo, Jeffrey F. Horowitz.
Este estudo surge na esteira de vários estudos anteriores que demonstram que muitos benefícios à saúde dos exercícios físicos são transitórios: uma sessão de exercícios produz benefícios para o corpo que se esvaem rapidamente, geralmente dentro de horas ou alguns dias.
"Muitas das melhorias na saúde metabólica associadas com os exercícios físicos fundamentam-se em grande parte na mais recente sessão de exercícios, e não em um aumento do preparo físico per se,", diz o Dr. Horowitz. "Mas os exercícios físicos não ocorrem em um vácuo, e é muito importante olhar tanto para os efeitos dos exercícios, quando para o que você está comendo após o exercício."
Sensibilidade à insulina
Especificamente, o estudo constatou que o exercício melhora a sensibilidade à insulina, particularmente quando as refeições ingeridas após a sessão de exercícios contêm teores relativamente baixos de carboidratos.
Uma maior sensibilidade à insulina significa que é mais fácil para o organismo levar o açúcar do sangue para os tecidos, como os músculos, onde ele pode ser armazenado ou utilizado como combustível.
Uma sensibilidade ruim à insulina (ou seja, "a resistência à insulina") é uma característica do diabetes tipo II, além de ser um importante fator de risco para outras doenças crônicas, como doenças do coração.
Quanto comer após a ginástica
Curiosamente, quando os participantes da pesquisa ingeriram alimentos relativamente pobres em termos de calorias logo após o exercício, isto não melhorou a sensibilidade à insulina mais do que quando comeram calorias suficientes para repor o que gastaram durante o exercício.
Isso sugere que você não precisa passar fome depois do exercício para colher alguns dos importantes benefícios à saúde. Mas, se seu objetivo é queimar calorias, não adianta repô-las todas logo após a ginástica.
Os cientistas agora estão realizando experiências com pessoas obesas, com o objetivo de identificar melhor a quantidade mínima de exercício capaz de melhorar a sensibilidade à insulina, pelo menos até o dia seguinte.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
"Super pílula" poderá prolongar a vida
A fonte da longevidade já está sendo desenvolvida em laboratório. Cientistas americanos trabalham na criação de uma "super pílula" que ajudaria a prolongar a vida por mais de 100 anos. Os testes com humanos começam dentro de três anos, informou nesta quarta-feira o jornal britânico Telegraph.
O novo medicamento foi elaborado de modo a copiar a ação de três genes que aumentam significativamente as chances de viver mais de 100 anos. Dois desses genes agem na produção do HDL, o chamado colesterol "bom", que reduz as chances de doenças do coração e derrames, enquanto o terceiro ajuda a prevenir o diabetes.
Essas variações genéticas foram identificadas numa pesquisa realizada com um grupo de judeus com 100 anos ou mais e podem revolucionar tratamentos capazes de retardar o envelhecimento. Segundo Nir Barzilai, diretor do Instituto de Pesquisa sobre o Envelhecimento da Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York, diversos laboratórios americanos já trabalham no processo de criação de um fórmula que provoque o mesmo efeito desses genes no corpo humano.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Sedentarismo prolongado eleva risco de problemas de saúde
Hábitos ativos devem ser incorporados na rotina, dizem especialistas; efeitos do ócio em excesso não são revertidos com exercícios. Passar boa parte do dia inativo aumenta o risco de morte e de problemas de saúde, ainda que o indivíduo pratique algum tipo de atividade física formal. O alerta vem de dois artigos publicados neste mês.O primeiro deles, assinado por médicos do Instituto Karolinska (Suécia) e divulgado no "British Journal of Sports Medicine", sugere que ficar sentado por períodos prolongados é "verdadeiramente danoso ao organismo", independentemente da prática sistematizada de exercícios - na academia, por exemplo. Eles afirmam que estudos recentes estabelecem que ficar sentado por longos períodos e a falta de atividade muscular são fatores de risco independentes para doenças. "É cada vez mais fundamentado pelos estudos que é preciso incorporar mais atividade física no dia a dia. O conforto da vida moderna é o grande vilão, porque trocamos muitas das atividades que poderíamos fazer pelo apertar de um botão", afirma a fisioterapeuta Gerseli Angeli, diretora-científica do Cemafe (Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte) da Universidade Federal de São Paulo. É o que também mostra a pesquisa australiana publicada no periódico "Circulation", que analisou risco de mortalidade e tempo inativo. Após avaliarem 8.800 pessoas com mais de 25 anos durante seis anos, os pesquisadores constataram que cada hora passada em frente à TV aumenta em 11% o risco de morte por qualquer causa e em 18% o risco de morte por problemas cardiovasculares, mesmo após excluírem fatores de risco já conhecidos, como colesterol, tabagismo, gordura abdominal e prática moderada de exercícios.
No artigo, afirmam que "ainda que a ênfase para a prática de exercícios moderados ou intensos deva permanecer. Os achados do estudo sugerem que reduzir o tempo em frente à TV ou de comportamento sedentário também ajuda a prevenir problemas cardiovasculares e morte prematura". Os pesquisadores afirmam que é necessária uma investigação mais profunda para estabelecer os mecanismos que relacionam longos períodos de inatividade a uma saúde mais pobre. Uma das hipóteses é a ação de uma enzima que tem papel fundamental na regulação dos níveis de gordura no sangue - e que ficaria alterada nos longos períodos sedentários, podendo levar a mudanças metabólicas, como colesterol alto.
Por causa dessas respostas fisiológicas, dizem os cientistas, as mudanças no organismo após o excesso de ócio não são anuladas com o aumento de exercício físico. Por isso, é aconselhável não passar longos períodos inativo.
Gasto calórico
Segundo o cardiologista José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, o gasto energético semanal acima de 2.000 calorias em atividades também é associado, em trabalhos científicos, a uma menor mortalidade geral.
"Isso equivale a 32 km percorridos a pé. Na academia, há uma chance razoável de chegar a isso, mas incorporar hábitos ativos no dia a dia eleva a probabilidade de alcançar a meta."
Um outro trabalho, diz Lazzoli, já mostrou que subir mais de 55 lances de escada por semana reduz a mortalidade em 23%. "Alguns cânceres têm ligação com gasto energético, como o de mama", acrescenta. Por esse motivo, é indicado tornar a rotina mais ativa, preferindo a escada ao elevador e fazendo caminhadas curtas.